Nossa História


A organização dos metalúrgicos da Bahia tem início em 1919, com a fundação da Associação União dos Artífices Metalúrgicos, que reunia funileiros, latoeiros e mecânicos. A maioria desses trabalhadores era ligada à Companhia de Navegação Bahiana. A primeira sede do Sindicato funcionou na Rua do Taboão, número 49, em Salvador. O primeiro presidente foi José Diogo dos Santos.

Nos anos seguintes à fundação, a categoria luta para se estruturar. No entanto, na década de 1930, a Associação, assim como todo o sindicalismo brasileiro, sofreu em um período marcado por transição e reorganização da política sindical, com a ofensiva do então presidente Getúlio Vargas aos sindicatos. Em 1932, Vargas lança um plano de controle da classe operária, com o objetivo de criar sindicatos oficiais e atrelados aos interesses do governo. Em 1937, com o golpe e a instalação do chamado Estado Novo, as principais lideranças sindicais são perseguidas ainda de forma mais ferrenha.

Na década de 1940, já com o nome  Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia, a entidade sofre intervenção. José Bastos, funcionário do Ministério da Fazenda, é designado interventor. Nessa época, o Sindicato já contava com cinco mil associados, mas, na prática, o movimento operário definhava. Com assembleias esvaziadas, pelo medo da violência policial, o Sindicato só existia formalmente. A intervenção perdurou por oito anos, terminando em dezembro de 1955.

Durante o período nefasto de intervenção, que durou de 1947 a 1955, os trabalhadores se organizaram e tiveram como grande articulador o empregado das Oficinas de Navegação Baiana, João dos Passos. Um líder que comandou a oposição ao interventor com bravura e entrou para a história do Sindicato. Ele ficou na presidência até 1964, ano da Ditadura Militar, quando o Sindicato foi invadido, saqueado e teve boa parte da sua documentação destruída. Quem assumiu a direção da entidade foi Manoel dos Santos, nomeado pelos militares. Durante o período de intervenção, os trabalhadores foram duramente reprimidos.

Somente na década no final dos anos 1970, a oposição consegue iniciar um movimento forte que deságua na vitória eleitoral de 1982. Manoel dos Santos tentou fraudar a eleição e teve a prisão decretada por um juiz e fugiu. Passou, assim, a ser conhecido na categoria como o “pelego fujão”. Ao serem abertas, as urnas confirmaram a vitória da chapa Oposição Sindical Metalúrgica João dos Passos, encabeçada por José Rodrigues da Costa. O movimento operário, combativo, estava de volta ao Sindicato. Era o fim da intervenção.
Nos anos 90, o Sindicato manteve intensa luta em defesa dos metalúrgicos, mesmo com as desastrosas gestões de Fernando Collor (1992-1993) e Fernando Henrique Cardoso (1994-2001) para o país. Ao longo da década, o Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia se tornou referência em defesa do trabalhador. A categoria teve ainda intensa participação para a eleição do presidente Lula em 2002 e 2006.
Com a chegada do Complexo Ford em Camaçari, em 2001, a Força Sindical e o ex-governador Paulo Souto tentam criar ilegalmente um sindicato na cidade. Os metalúrgicos reagem e fundam o Sindicato de Camaçari, seguido por outras entidades de base em Candeias, Pojuca, Simões Filho e Dias D’Ávila, Vitória da Conquista e Ilhéus. Com o objetivo de assegurar a unidade da categoria, em 2003 é fundada a FETIM (Federação dos Metalúrgicos da Bahia), com sede em Salvador.

Aos trabalhadores também é oferecida uma programação cultural e esportiva durante todo o ano, com destaque para o Campeonato de Futebol, que atrai dezenas de times e movimenta as fábricas, e o tradicional Forró dos Metalúrgicos. Para os sindicatos, a integração da categoria é fundamental.