Sindicato completa 103 anos de lutas e resistência

Cenário de mobilizações históricas para a classe trabalhadora, o Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia completa 103 anos de existência.

A organização dos metalúrgicos da Bahia tem início em 1919, com a fundação da Associação União dos Artífices Metalúrgicos, que reunia funileiros, latoeiros e mecânicos. A maioria desses trabalhadores era ligada à Companhia de Navegação Bahiana. A primeira sede do Sindicato funcionou na Rua do Taboão, número 49, em Salvador. O primeiro presidente foi José Diogo dos Santos.

Ao longo destes anos, o Sindicato tem tido expressiva presença nas lutas nacionais e regionais em defesa da categoria metalúrgica, dos empregos, dos direitos, do trabalho decente, das políticas de transição perante os avanços tecnológicos e da industrialização do País.

Luta neste momento contra as demissões na base metalúrgica, defende a pauta pela vida e pelo emprego, contra a crise do coronavírus, e buscando a retomada do desenvolvimento econômico do País com inclusão e justiça social.

O desmonte da indústria nacional nacional é uma grande preocupação da entidade. O Brasil está sofrendo com a desindustrialização, ocasionada pela falta de uma política industrial do governo. Porém, mesmo em um cenário turbulento,  o posicionamento do Sindicato frente às adversidades do presente honrará sua história de luta.

Nesses 103 anos o Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia  tem motivos para comemorar,  porém infelizmente, mais para reivindicar, pois a conjuntura que estamos vivendo é de agonia, de beirar o desespero. Centenas de milhares de trabalhadores perderam a vida por conta da Covid-19 e outros milhões lutam para continuar sobrevivendo. Seja do ponto de vista literal, de garantia da sua vida mesmo, ou da sua sobrevivência enquanto cidadão, na garantia dos seus direitos fundamentais como moradia, educação, saúde e alimentação.

Atualmente, nossa incessante luta é contrária à extrema-direita encabeçada por Jair Bolsonaro, que, além de ser uma ameaça às liberdades democráticas, adotou uma política desastrosa e criminosa na pandemia, que levou e ainda leva o nosso povo à morte.

Neste aniversário de 103 anos, seguimos na linha de frente organizando as lutas dos trabalhadores contra os ataques dos patrões e do governo e em oposição às injustiças do sistema capitalista. Buscamos sempre uma sociedade mais justa para os trabalhadores.

Viva a luta dos metalúrgicos!