Proposta Indecente – Perda salarial do metalúrgico é de quase 12% e Patrões oferecem escalonado, de 4% a 9%

Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia e do sindicato patronal – SIMMEB  se reuniram na última quarta-feira (03/08) para continuar as negociações à Campanha Salarial de 2022.

Nessa e em outras rodadas  de negociação, o SIMMEB apresenta uma proposta Indecente e desrespeitosa para a categoria, pois está muito aquém da recomposição das perdas salariais de  que as empresas devem aos metalúrgicos, além disso, querem retirar direitos adquiridos em convenções anteriores,  como o direito ao Quinquênio,  ao Triênio e à parcela rescisória adicional.

Os patrões propuseram uma reposição de parte da inflação devida de forma escalonada aos profissionais:
1 – Reajuste dos pisos salariais definidos na CCT/2021 em 9% (nove por cento) a partir de agosto de 2022;
2 – Reajuste dos salários cima do Piso Salarial 8,5% (oito e meio por cento) aplicados sobre os salários de junho de 2022 em duas parcelas — 4,0% (quatro por cento) em agosto/22 e 4,5% (quatro e meio por cento) em novembro/22;
3 – Manutenção das cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho 2021, exceto as cláusulas que versam sobre Quinquênioffriênio e Parcela Rescisória Adicional; 
4 – Acrescentar na cláusula de “registro de ponto” a possibilidade de registro via REP  -A na forma do Artigo 77 da Portaria MTP 671/2021.

O Sindicato dos Metalúrgicos disse “NÃO” para todas as propostas dos patrões que atacam os direitos e pioram a vida do trabalhador. A entidade segue exigindo o pagamento das perdas acumuladas e o aumento salarial; Manutenção de todos os direitos da Convenção Coletiva e a implementação do plano de saúde para todos os trabalhadores metalúrgicos.

O presidente do sindicato Adson Batista, de antemão afirmou que não aceita a recomposição apresentada e muito menos abrirá mão de direitos adquiridos dos trabalhadores. Afirmou que a proposta não repõe nem sequer a metade das perdas dos salários dos metalúrgicos, que com o tempo vêm perdendo seu poder de compra e, portanto, não aceitará reajustes abaixo do acumulado da inflação.

“Sabemos que, como classe trabalhadora, todos os metalúrgicos e metalúrgicas sentem no bolso a terrível inflação que vem corroendo salários. As negociações estão em curso, mas a categoria tem que ir à luta, mobilizando-se” afirmou o presidente.

Nova reunião foi marcada para a próxima quinta-feira, 11 de agosto, às 14h, na sede SIMMEB, com o objetivo de dar continuidade às negociações.