Em assembleia, metalúrgicos votam a favor de paralisação e mobilizações
Os trabalhadores metalúrgicos da Bahia do setor metal/mecânico rejeitaram em Assembleia Geral da Campanha Salarial, realizada na sexta-feira (11/08), todas as propostas apresentadas até agora pelos grupos patronais representado pelo Sindicato Patronal – SIMMEB, e decidiram por realizar paralisações e mobilizações até que o seu pleito seja aceito.
Na Assembleia, que ocorreu na sede do Sindicado dos Metalúrgicos da Bahia foi destacado que há quase dois meses os trabalhadores do setor metal/mecânico entregaram a pauta de reivindicações para a renovação Convenção Coletiva de Trabalho aprovada em assembleia, porém o Sindicato Patronal se mantém resistente, insistindo em não salvaguardar os direitos dos trabalhadores e portanto, emperrando o avanço das negociações.
Dentre os absurdos que o Sindicato Patronal propõe está: o reajuste salarial de apenas 3% para salários acima de nove mil reais; não renovar as cláusulas da CCT/2022 que versam sobre o QUINQUÊNIO/TRIÊNIO, a Parcela Rescisória Adicional e Rescisão contratual do aposentado. Além disso, querem adicionar a cláusula de registro de ponto eletrônio.
Diante de todos esses ataques aos seus direitos, a categoria decidiu realizar paralisações nas fábricas e dar início a um período de muita luta para pressionar o SIMMEB a avançar nas negociações.
Nova Reunião
Na tarde dessa quarta-feira (16/08) ocorreu nova reunião, na sede do SIMMEB, com o objetivo de dar continuidade às negociações. Nessa reunião, o Sindicato dos Metalúrgicos não concordou com a posição dos patronais, que continuavam na direção de retirada dos direitos dos trabalhadores.
Dentre as reivindicações, os metalúrgicos querem reajuste salarial de 3% pelo INPC, acrescidos de 4 % de ganho real; mantêm na íntegra as reivindicações sobre Plano de Saúde, aumento no valor da cesta básica e homologações no Sindicato. Além disso, lutam pela manutenção das cláusulas da CCT/2022 com reajuste dos valores expressos em reais no mesmo percentual dos salários. Para isso, O sindicato dos Metalúrgicos irá buscar mediação na Superintendência Reginal do Trabalho e Emprego (SRTE) ou havendo necessidade, do Ministério Público do Trabalho (MPT).